De acordo com o advogado Humberto Abanto, a apreensão dos itens foi realizada sem uma ordem judicial, sob a justificativa de que os bens poderiam ser perdidos. A presidente Dina Boluarte se defendeu perante o Ministério Público na última sexta-feira, alegando que os Rolex e a pulseira em questão pertenciam ao seu amigo, o governador Oscorima, e que ela os devolveu após utilizá-los, não considerando necessário declará-los em seu patrimônio.
Além dos três relógios Rolex apreendidos, o gerente da Casa Banchero, importadora autorizada da marca no Peru, forneceu registros de venda que incluíam Oscorima como comprador de um Rolex modelo Datejust 36, com 18 quilates e cristal de safira, exatamente no dia do aniversário de 60 anos de Dina Boluarte. Esses eventos e transações suscitaram questionamentos sobre a relação entre os envolvidos e a origem dos bens em questão.
O escândalo conhecido como “rolexgate” teve efeitos políticos significativos, resultando na renúncia de ministros do governo peruano e na oposição apresentando pedidos para destituir a presidente, que foram rejeitados. A investigação sobre a origem das joias não declaradas por Dina Boluarte continua em curso, podendo gerar desdobramentos futuros na política do Peru.