FEBRE OROPOUCHE AVANÇA PELO BRASIL: AMAZONAS REGISTRA MAIOR NÚMERO DE CASOS

A febre oropouche continua preocupando as autoridades de saúde do Brasil, com um aumento significativo no número de casos registrados em 2024. De acordo com informações divulgadas pelo Ministério da Saúde na última terça-feira (9), o país contabilizou um total de 3.354 exames positivos para a doença, sendo que 2.538 deles foram identificados apenas no estado do Amazonas. Esse cenário evidencia a gravidade da situação, uma vez que a febre oropouche já atingiu pelo menos 24 unidades da Federação.

A maior incidência da doença está concentrada na região amazônica, onde cerca de 75% dos casos foram notificados. A febre oropouche é causada pelo vírus Orthobunyavirus oropoucheense (OROV), transmitido principalmente por mosquitos. Quando um mosquito pica uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece em seu sangue por alguns dias, podendo ser transmitido para outros indivíduos saudáveis por meio de novas picadas.

Segundo o Ministério da Saúde, existem dois ciclos de transmissão da febre oropouche. No ciclo silvestre, os animais como bichos-preguiça e macacos são os hospedeiros do vírus, enquanto no ciclo urbano, os humanos são os principais hospedeiros. Os sintomas da doença são semelhantes aos da dengue e da chikungunya, incluindo dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia.

Não há um tratamento específico para a febre oropouche, sendo recomendado apenas o acompanhamento médico e o uso de medicamentos para aliviar os sintomas. Desde que o vírus foi isolado pela primeira vez no Brasil em 1960, casos isolados e surtos da doença têm sido relatados no país, especialmente na região amazônica.

Diante desse cenário preocupante, as autoridades de saúde alertam para a importância de medidas preventivas, como o controle de mosquitos transmissores e o uso de repelentes. A população deve ficar atenta aos sintomas e buscar atendimento médico em caso de suspeita de infecção pela febre oropouche. A prevenção e o combate efetivo da doença são essenciais para evitar a propagação desse problema de saúde pública no Brasil.

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