A maior incidência da doença está concentrada na região amazônica, onde cerca de 75% dos casos foram notificados. A febre oropouche é causada pelo vírus Orthobunyavirus oropoucheense (OROV), transmitido principalmente por mosquitos. Quando um mosquito pica uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece em seu sangue por alguns dias, podendo ser transmitido para outros indivíduos saudáveis por meio de novas picadas.
Segundo o Ministério da Saúde, existem dois ciclos de transmissão da febre oropouche. No ciclo silvestre, os animais como bichos-preguiça e macacos são os hospedeiros do vírus, enquanto no ciclo urbano, os humanos são os principais hospedeiros. Os sintomas da doença são semelhantes aos da dengue e da chikungunya, incluindo dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia.
Não há um tratamento específico para a febre oropouche, sendo recomendado apenas o acompanhamento médico e o uso de medicamentos para aliviar os sintomas. Desde que o vírus foi isolado pela primeira vez no Brasil em 1960, casos isolados e surtos da doença têm sido relatados no país, especialmente na região amazônica.
Diante desse cenário preocupante, as autoridades de saúde alertam para a importância de medidas preventivas, como o controle de mosquitos transmissores e o uso de repelentes. A população deve ficar atenta aos sintomas e buscar atendimento médico em caso de suspeita de infecção pela febre oropouche. A prevenção e o combate efetivo da doença são essenciais para evitar a propagação desse problema de saúde pública no Brasil.