Racionamento de água em Bogotá exige mudanças de comportamento: banhos em dupla e restrições impactam 10 milhões de pessoas

O prefeito de Bogotá, Carlos Fernando Galán, emitiu uma série de recomendações à população para lidar com a crise hídrica que assola a cidade. Entre as orientações, está a sugestão de reduzir o consumo de água em diversas atividades do dia a dia, como lavar o carro, calçadas e varandas, usar a máquina de lavar apenas quando estiver cheia, escovar os dentes com um copo de água e tomar banhos rápidos de até cinco minutos. Galán destacou a importância de cada gota de água economizada.

A cidade de Bogotá está enfrentando um racionamento de água devido a uma seca sem precedentes na região. O primeiro setor da capital já ficou sem água até as 8h da manhã desta sexta-feira, cumprindo as diretrizes do plano de racionamento que entrou em vigor no dia anterior. A gerente da empresa Acueducto, Natasha Avendanõ, afirmou que, com as medidas de restrição implementadas, foi possível reduzir significativamente o consumo de água na cidade.

As restrições afetam não apenas Bogotá, mas também outras dez cidades vizinhas que estão passando por escassez de água devido à seca extrema, atribuída ao fenômeno El Niño e às mudanças climáticas. Cerca de dez milhões de pessoas, ou um quinto da população, serão afetadas pelo racionamento de água. Escolas e hospitais estão isentos das restrições.

O sistema de reservatórios que abastece Bogotá, principalmente o Chingaza paramo, está em níveis historicamente baixos devido à falta de chuvas. O presidente Gustavo Petro alertou que a Colômbia enfrentará secas ainda mais severas no futuro e ressaltou a necessidade de investimentos sérios em adaptação às mudanças climáticas. A falta de água também tem sido um problema em outras cidades ao redor do mundo, como na Cidade do Cabo, Montevidéu e México.

Com as previsões de chuvas somente para o fim de abril ou início de maio, a situação da escassez de água em Bogotá e região permanece crítica, exigindo medidas de conscientização e mudanças de comportamento da população para lidar com a crise hídrica de forma sustentável.

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