Greve no IFSP se espalha por São Paulo, com 23 unidades paralisadas em reivindicação por reestruturação salarial e orçamentária.

Nesta segunda-feira (15), o Instituto Federal de São Paulo (IFSP) em Registro iniciou uma greve, somando-se a outras 22 unidades que já aderiram à paralisação dos servidores das instituições de ensino no estado. O Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) divulgou que, dos 42 institutos federais em São Paulo, 23 estão participando do movimento.

Além de Registro, os institutos federais de Jacareí, Campinas, Sertãozinho, Pirituba em São Paulo, Cubatão, São José dos Campos, São Miguel Paulista, Matão, Itaquaquecetuba, Araraquara, São Paulo, Sorocaba, Capivari, Bragança Paulista, São Carlos, São Roque, Itapetininga, Salto, Tupã, Hortôlandia e Piracicaba também estão em greve.

O movimento reivindica a reestruturação das carreiras, recomposição salarial e do orçamento das instituições educacionais, além do reajuste imediato dos auxílios e bolsas de estudantes. Uma nova rodada de negociação está agendada para a próxima sexta-feira (19) com o governo federal.

O Sinasefe destacou que as entidades representativas do setor da educação federal têm os piores salários do serviço público e ressaltou a disparidade com categorias como a Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal, que já assinaram acordos de reestruturação de carreiras e recomposição salarial.

Em resposta, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos informou que formalizou uma proposta aos trabalhadores e se comprometeu a abrir todas as mesas de negociação específicas de carreiras até julho para tratar das demandas dos servidores.

Dez mesas já tratam de reajustes para a educação, com acordos consensualizados, e oito estão em andamento. Um grupo de trabalho foi criado para discutir a reestruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação, com um relatório entregue à ministra da Gestão para embasar a proposta de reestruturação da carreira.

O ministério ressaltou estar aberto ao diálogo com os servidores da área de educação e outras áreas, mas evitou comentar detalhes dos processos de negociação. A situação continua em desenvolvimento e novas informações serão divulgadas assim que disponíveis.

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