A polêmica tomou conta da Universidade do Sul da Califórnia (USC) em Los Angeles após a decisão de cancelar o discurso de graduação de uma estudante muçulmana, Asna Tabassum. A justificativa dada foi a preocupação com a segurança da cerimônia, após críticas de grupos pró-Israel. Tabassum havia sido eleita como a melhor aluna de sua turma e teria a oportunidade de discursar para mais de 65.000 pessoas.
O reitor da universidade, Andrew Guzman, anunciou a decisão na última segunda-feira, destacando que a intensidade das discussões nas redes sociais e a situação no Oriente Médio elevaram os riscos de segurança a um nível preocupante. A USC recebeu ameaças por telefone, e-mail e correio, o que levou a instituição a optar por realizar a cerimônia sem discurso.
A estudante, por sua vez, criticou a decisão da universidade, acusando-a de ceder a uma campanha de ódio que busca calar sua voz. Tabassum afirmou que a oportunidade de discursar deveria ser um momento de celebração, mas foi transformada em uma campanha racista de ódio devido às suas crenças nos direitos humanos para todos.
A polêmica ganha ainda mais destaque devido ao recente conflito entre Israel e o Hamas, que resultou em um alto número de mortes. A situação repercute nas universidades americanas, onde grupos pró-Israel e pró-palestinos denunciam vitimização e silenciamento.
Esta não é a primeira vez que uma instituição de ensino superior nos Estados Unidos se vê envolvida em polêmicas relacionadas ao conflito Israel-Palestina. Um professor judeu da USC foi suspenso por declarações controversas, repercutindo ainda mais a tensão no campus.
A polêmica levou até o Congresso, onde a presidente da Universidade de Columbia será questionada sobre as ações da instituição para combater o antissemitismo entre os estudantes. A situação reflete a delicada questão geopolítica que envolve o conflito no Oriente Médio e suas repercussões nos Estados Unidos.
