Líder comunitário defende alternativa à polícia após criança ser atingida por tiro em Paraisópolis, em São Paulo.

Na manhã desta quarta-feira (17), um menino de apenas 7 anos de idade teve seu olho ferido em meio a um tiroteio em Paraisópolis, na capital paulista. A versão da Polícia Militar é de que a criança não foi atingida por uma bala disparada por sua equipe, mas moradores da comunidade afirmaram que os policiais procuraram estojos de munição no local após o ocorrido, levantando suspeitas.

Diante desse cenário, o líder comunitário Gilson Rodrigues, do bloco de empreendedores sociais G10 Favelas, defendeu que a população tenha uma alternativa à polícia para apurar denúncias de condutas dos agentes, com o acompanhamento de investigações por outros órgãos. Essa proposta tem sido disseminada por várias pessoas nas redes sociais como forma de coibir a violência policial contra membros de comunidades periféricas.

Rodrigues destacou a importância de questionar os dados fornecidos pela polícia e pelo Estado, ressaltando que a comunidade de Paraisópolis não deseja viver em uma guerra entre policiais e bandidos. Ele enfatizou que a população da favela sonha em transformar suas vidas, mas devido à ausência do Estado acabam expostas à violência e vulnerabilidades.

O advogado que representa a família do menino ferido informou que ele ainda está hospitalizado e passará por uma tomografia. A família está avaliando a possibilidade de entrar com um processo judicial contra o Estado.

É importante ressaltar que episódios como esse evidenciam a necessidade de se repensar as práticas policiais e fortalecer mecanismos de controle e transparência. A segurança pública deve garantir a proteção e a integridade de toda a população, independentemente de onde vivam. A busca por Justiça e por um sistema de segurança mais eficiente e humanizado é essencial para promover uma sociedade mais justa e igualitária.

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