Segundo a série histórica do IBGE, iniciada em 2012, a proporção de domicílios com beneficiários do Bolsa Família era de 16,6%. Em 2019, antes da pandemia de covid-19, esse índice era de 14,3%. Em 2023, 4,2% dos lares tinham algum membro recebendo o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e 1,4% recebiam outros programas sociais.
O levantamento evidenciou que, durante o agravamento da pandemia, parte dos beneficiários do Bolsa Família passou a receber o Auxílio Emergencial, criado para amenizar os impactos econômicos da crise sanitária. Isso resultou em uma queda na proporção de lares recebendo o Bolsa Família em 2020 e um aumento significativo naqueles que recebiam outros programas sociais.
A transição do Bolsa Família para o Auxílio Brasil, implementada pelo governo de Jair Bolsonaro, seguida pela retomada do nome Bolsa Família durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva em 2023, também foi destacada na pesquisa. O programa passou a incluir benefícios adicionais por crianças e gestantes, mantendo o valor de R$ 600 por mês.
As regiões Norte e Nordeste se destacaram com a maior proporção de domicílios beneficiados pelo Bolsa Família, com o Nordeste liderando com 35,5% e o Norte ocupando o segundo lugar com 31,7%. A pesquisa apontou que a oferta deste programa de transferência de renda contribuiu para a redução da desigualdade de renda nessas regiões, com um crescimento significativo no rendimento dos beneficiários do Bolsa Família entre 2019 e 2023.
