Argentina pede prisão de ministro do Irã pela morte de 85 pessoas há 30 anos em ataque à associação judaica Amia

O governo argentino está intensificando suas solicitações de justiça em relação ao atentado ocorrido há 30 anos contra a associação judaica Amia, em Buenos Aires, que resultou na morte de 85 pessoas. Nesta terça-feira (23), a chancelaria argentina anunciou a solicitação de prisão internacional do ministro do Interior do Irã, Ahmad Vahidi, que é acusado de ser um dos responsáveis pelo ataque.

Em um comunicado divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores da Argentina, é destacado que Vahidi, mesmo ocupando um cargo de poder no governo iraniano, está sendo procurado pela Justiça argentina em relação ao atentado ocorrido em 1994. Além disso, a pasta de Segurança argentina também assinou o comunicado, enfatizando a necessidade de responsabilização dos envolvidos no ataque.

Ahmad Vahidi, atual ministro do Interior do Irã, encontra-se em uma comitiva oficial do governo iraniano no Paquistão e no Sri Lanka. Diante disso, a Interpol emitiu uma ordem de prisão internacional (difusão vermelha) a pedido da Argentina, solicitando que os governos do Paquistão e Sri Lanka efetuem a prisão do acusado.

Recentemente, a Justiça argentina determinou que os atentados contra a embaixada de Israel em 1992 e contra a Amia em 1994 foram ordenados pelo Irã, uma decisão considerada histórica pela comunidade judaica. Com o pedido de prisão de Ahmad Vahidi, a Argentina reforça seu compromisso com a busca por justiça e responsabilização dos envolvidos em um dos episódios mais trágicos de sua história recente.

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