Mercado financeiro eleva projeção do PIB brasileiro para 2,02% em 2024, enquanto inflação deve fechar em 3,73% neste ano

O mercado financeiro está cada vez mais otimista em relação ao crescimento da economia brasileira em 2024, elevando a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) pela décima vez consecutiva. De acordo com o boletim Focus divulgado pelo Banco Central (BC) nesta terça-feira (23), a expectativa é que o PIB feche o ano em 2,02%, um aumento em relação à projeção anterior de 1,95%.

As previsões feitas por economistas e analistas de mercado consultados pelo BC apontam também para um crescimento de 2% em 2025, mantendo-se estável nas últimas 19 semanas. Essa tendência de crescimento se repete nos anos seguintes, com índices similares em 2026 e 2027.

No entanto, o boletim traz uma preocupação para o cenário econômico do país: o aumento da inflação. A expectativa é que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerre o ano em 3,73%, um aumento em relação à previsão anterior de 3,71%. Para 2024, a projeção está dentro do intervalo de meta estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Quanto aos juros básicos da economia, o mercado prevê que a taxa Selic encerre o ano em 9,5%, indicando uma diminuição no ritmo de queda observado nas últimas semanas. Essa projeção é resultado da sinalização do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC de que o corte na Selic pode não se manter no mesmo ritmo das últimas reuniões.

Em relação ao câmbio, o boletim aponta para um aumento no valor do dólar em 2024, com a moeda norte-americana fechando o ano em R$ 5,00. As projeções para 2025 e 2026 indicam um cenário semelhante, com o dólar atingindo R$ 5,05 e R$ 5,10, respectivamente.

Diante desses cenários, o mercado financeiro demonstra confiança no crescimento econômico do país, mas atenta para os desafios relacionados à inflação e à política monetária. A expectativa é que as medidas adotadas pelo BC possam contribuir para a estabilização da economia e a manutenção do crescimento nos próximos anos.

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