Os policiais envolvidos na ação foram identificados como integrantes dos Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas (Rocam) do 9° Batalhão da Polícia Militar Metropolitana. Segundo informações, a própria vítima acionou a polícia devido a ameaças que estava recebendo do ex-marido da dona da casa onde mora. O suspeito alegava que o homem não havia pago o aluguel, o que se mostrou ser uma acusação infundada.
Enquanto os policiais agiam, o irmão da vítima gravava as imagens com seu celular, questionando os agentes sobre suas ações. Mesmo diante da intervenção da proprietária do imóvel, afirmando que o homem era uma pessoa de boa índole, os policiais prosseguiram com a ação violenta.
Diante da repercussão do caso, a Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP) emitiu uma nota informando que os policiais envolvidos foram afastados e que um Inquérito Policial Militar foi aberto para investigar o ocorrido. A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) também se pronunciou, solicitando uma investigação rigorosa e a identificação dos agentes envolvidos, além da divulgação das imagens das câmeras corporais dos policiais.
Erika Hilton ressaltou que a violência empregada pelos policiais é inaceitável e vai contra os princípios democráticos e os direitos fundamentais assegurados pela Constituição Federal. A deputada destacou ainda a importância de uma reforma profunda nas instituições policiais para combater o racismo e garantir a segurança de todos os cidadãos, independente de sua cor ou origem étnica.
O caso gerou indignação e reforçou a necessidade de uma reflexão sobre o racismo estrutural presente na sociedade brasileira. A violência policial, o uso desproporcional da força e a criminalização da população negra são questões que precisam ser urgentemente enfrentadas e combatidas para garantir a integridade física e dignidade de todos os cidadãos.
