Senado recorre ao STF para suspender decisão de Zanin que derrubou desoneração da folha de pagamento em 17 setores.

Senado recorre ao STF para suspender decisão de Zanin sobre desoneração da folha

No final da tarde de sexta-feira, o Senado entrou com um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) com o objetivo de suspender a decisão individual do ministro Cristiano Zanin que invalidou a desoneração de impostos sobre a folha de pagamentos de 17 setores da economia e de certos municípios até 2027. A petição protocolada solicitou que Zanin revoque a liminar que causou a suspensão da desoneração, decisão tomada no dia anterior e motivada por uma ação da Advocacia-Geral da União (AGU).

A equipe jurídica do Senado alega que a desoneração não traz prejuízos para as contas públicas, destacando que a arrecadação federal alcançou um recorde nos primeiros três meses deste ano, atingindo a marca de R$ 657 bilhões. Os advogados que representam a Casa argumentaram que a lei que institui a desoneração não impõe gastos excessivos ao Executivo, e tampouco ameaça o equilíbrio fiscal da União.

A liminar concedida pelo ministro está em julgamento no plenário virtual do STF, com um placar atual de 4 a 0 a favor da manutenção da derrubada da desoneração. Na ação protocolada pela AGU no STF, foi sustentado que a prorrogação da desoneração até 2027 foi feita pelo Congresso sem considerar o impacto financeiro da renúncia fiscal. A petição foi assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo advogado-geral da União, Jorge Messias.

A desoneração da folha de pagamento foi aprovada pelo Congresso para 17 setores e municípios com até 156 mil habitantes, porém, o projeto de lei foi veto pelo presidente Lula. Posteriormente, o veto foi derrubado pelo Congresso. Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, classificou como “catastrófica” a decisão da AGU de recorrer ao STF, destacando a importância do alinhamento entre o governo federal e o Congresso Nacional.

Esse embate entre os poderes Executivo e Legislativo evidencia a complexidade das discussões em torno das políticas econômicas do país e a necessidade de equilíbrio entre interesses divergentes. A decisão final do Supremo Tribunal Federal poderá ter impactos significativos na economia e nas finanças públicas do Brasil.

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