Vírus sincicial respiratório causa mais mortes por SRAG em crianças do que covid-19 nas últimas oito semanas, aponta boletim da Fiocruz.

Nos últimos meses, o mundo tem sido dominado pela pandemia de covid-19, causando um grande impacto na saúde global. No entanto, um novo relatório do InfoGripe, da renomada Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), revela que, nas últimas oito semanas, o vírus sincicial respiratório (VSR) tem causado mais mortes por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em crianças menores de dois anos do que a própria covid-19.

O boletim, referente à semana epidemiológica 16, que ocorreu entre os dias 14 e 20 de abril, mostra um crescimento alarmante no número de internações por SRAG em diversas regiões do Brasil. O VSR, juntamente com o influenza A e o rinovírus, são as principais causas desse aumento. A circulação intensa do VSR tem contribuído significativamente para o aumento da incidência e mortalidade por SRAG em crianças com até dois anos de idade.

Enquanto a covid-19 tem demonstrado uma leve diminuição ou estabilidade nos números de casos, ela ainda é a principal causa de mortalidade por SRAG em idosos. No entanto, com o aumento da circulação do influenza A, vírus responsável pela gripe, os números de óbitos por esse quadro têm se aproximado dos relacionados à covid-19, especialmente nas últimas semanas.

O boletim também aponta que 23 estados apresentam uma tendência de crescimento nos casos de SRAG a longo prazo, o que é preocupante. Esses estados incluem desde o Acre até São Paulo, mostrando a abrangência e gravidade da situação.

O VSR, causador principal de infecções respiratórias em crianças menores de dois anos, é responsável por grande parte dos casos de bronquiolite e pneumonias nessa faixa etária. Com uma sazonalidade marcante, ele circula principalmente no outono e inverno, sendo mais prevalente nos meses de maio e abril.

Portanto, é fundamental que as autoridades de saúde estejam atentas a essa nova realidade e adotem medidas eficazes para conter a propagação do VSR, especialmente entre as crianças mais vulneráveis. A saúde e a segurança de toda a população, em especial das crianças, deve ser a prioridade nesse momento desafiador.

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