Vacinação contra HPV inclui pacientes com papilomatose respiratória recorrente no grupo prioritário, anuncia Ministério da Saúde.

O Ministério da Saúde anunciou uma medida importante para os pacientes com papilomatose respiratória recorrente: eles passaram a integrar os grupos prioritários para a vacinação contra o HPV. Essa inclusão foi motivada por publicações que evidenciaram os benefícios da vacina como tratamento auxiliar para a doença, o que demonstrou uma redução no número e no espaçamento de recidivas em pacientes imunizados.

A papilomatose respiratória recorrente é uma doença rara, porém pode ter impactos clínicos e psicológicos graves nas pessoas afetadas. Causada pela infecção pelo HPV, a doença é caracterizada pela formação de verrugas, principalmente na laringe, podendo se estender para outras partes do sistema respiratório.

O tratamento atual é cirúrgico, envolvendo a remoção das verrugas das cordas vocais e da laringe. No entanto, mesmo com o uso de medicamentos, as recorrências são frequentes, necessitando de procedimentos cirúrgicos repetidos. Em crianças, as recidivas podem ser mais agressivas e o prognóstico pior, tornando o tratamento ainda mais desafiador.

Desde fevereiro, a estratégia de vacinação contra o HPV no Brasil passou a ser feita em dose única, substituindo o esquema de duas doses. Essa mudança visa intensificar a proteção contra o câncer de colo do útero e outras complicações associadas ao vírus, como a papilomatose respiratória recorrente.

Além disso, o Ministério da Saúde ampliou a imunização contra o HPV para diversos grupos, incluindo meninos e meninas de 9 a 14 anos, vítimas de abuso sexual de 15 a 45 anos, pessoas vivendo com HIV, transplantados e pacientes oncológicos. Também foi anunciada a incorporação de um teste inovador para detecção do HPV no Sistema Único de Saúde, visando um rastreio mais preciso e eficaz do câncer do colo do útero.

O HPV é considerado a infecção sexualmente transmissível mais comum em todo o mundo e um dos principais causadores do câncer de colo do útero. A vacinação e os novos métodos de detecção são medidas importantes para prevenir essa doença e suas complicações. Portanto, a inclusão dos pacientes com papilomatose respiratória recorrente nos grupos prioritários de vacinação representa um avanço significativo no combate a essa condição.

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