Laudos revelam marcas de cigarro e diagnósticos de TCE e anemia em bebê torturado por mãe e parceira.

Na última terça-feira (12), um bebê de apenas 10 meses de idade deu entrada em um hospital no Recife com diversos hematomas pelo corpo. O motivo dessas agressões chocantes é ainda mais perturbador: ele foi torturado pela própria mãe e pela companheira dela. O caso veio à tona após a conselheira tutelar de Olinda, Cláudia Moura, receber a denúncia e encaminhá-la às autoridades competentes.

Segundo Cláudia, o bebê já havia sido atendido no hospital pelo menos três vezes antes dessa última agressão. Em um dos atendimentos anteriores, quando tinha apenas dois meses, a criança já estava com um dos braços fraturado. A gravidade dos ferimentos foi o que levou a equipe de atendimento a acionar a polícia e o Conselho Tutelar.

Ao ser autuada, uma das mulheres declarou ter dado “tapas leves” no bebê, uma afirmação completamente absurda diante das evidentes lesões que ele apresentava. Além dos hematomas, foi constatado que a criança estava com marcas de bitucas de cigarro pelo corpo, o que agrava ainda mais a situação de violência.

Os primeiros resultados dos laudos médicos apontaram que o bebê está com traumatismo cranioencefálico e precisa receber sangue. Além disso, ele também está anêmico e precisa tomar antibióticos para tratar os ferimentos infectados na boca e nas mãos. A gravidade dessas lesões indica que a vida da criança estava em perigo caso ela fosse devolvida à família responsável pelos maus-tratos.

As duas mulheres, de 36 anos, foram presas em flagrante e encaminhadas à audiência de custódia, na qual suas prisões foram convertidas em prisões preventivas. Elas foram levadas à Colônia Penal Feminina do Recife, onde aguardam a decisão da Justiça estadual.

A mãe do bebê, que não possui parentes em Pernambuco e veio do Ceará, tem outros três filhos que foram acolhidos pelo Conselho Tutelar e deverão retornar ao estado de origem. Quanto ao destino do bebê, ele será decidido judicialmente.

Esse caso chocante de violência doméstica contra um bebê indefeso evidencia a importância de denunciar qualquer suspeita de maus-tratos a crianças e adolescentes. A Polícia Civil mantém contatos oficiais para essas denúncias por meio do Departamento de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), que recebe e encaminha as denúncias ao setor responsável.

É fundamental que a sociedade esteja atenta e vigilante para proteger os mais vulneráveis e garantir que casos de violência como esse sejam punidos rigorosamente pela justiça.

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