Governo dos EUA rejeita comentários de ministros israelenses sobre colonos judeus e palestinos em Gaza, afirmando que a região é terra palestina.

As tensões entre Israel e Estados Unidos aumentaram após recentes comentários de ministros israelenses sobre os palestinos e Gaza. O governo do presidente Joe Biden afirmou nesta terça-feira (2) que “rejeita” as declarações feitas por esses ministros, que incitam os colonos judeus a retornarem para Gaza ao término da guerra contra o Hamas, e ainda sugerem que os palestinos deveriam deixar o território.

O porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, afirmou em um comunicado que os Estados Unidos rejeitaram as recentes declarações dos ministros israelenses Bezalel Smotrich e Itamar Ben Gvir, classificando a retórica como “incendiária e irresponsável”. Miller também enfatizou que Gaza continua sendo terra palestina, e que o objetivo é garantir o controle do território sem a presença do grupo terrorista Hamas.

A guerra entre Israel e o Hamas foi deflagrada após um ataque sem precedentes do movimento islâmico palestino em Israel em 7 de outubro, deixando 1.140 mortos, a maioria civis. Em resposta, Israel prometeu “aniquilar” o Hamas e lançou uma intervenção no território palestino. Segundo o grupo, a operação já deixou mais de 22.000 mortos em Gaza, a maioria mulheres e crianças.

Os Estados Unidos têm reforçado suas pressões para que Israel adote medidas mais seletivas em suas ações, enquanto o presidente Joe Biden expressa publicamente suas discordâncias com o governo conservador do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. A retórica adotada pelos ministros israelenses foi vista como uma ameaça pelas autoridades americanas, alimentando ainda mais as tensões entre os países.

A situação na região continua tensa, e as declarações dos ministros israelenses intensificaram ainda mais o conflito, refletindo em um aumento das cobranças dos Estados Unidos por um posicionamento mais cauteloso de Israel. As comunidades internacionais seguem atentas e preocupadas com os desdobramentos dessa disputa contínua e seus impactos na população civil.

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