Santuário dos Andes: turistas ainda exploram o local do acidente de avião que fascinou o mundo há 51 anos

Exploradores buscam objetos do avião no Vale das Lágrimas, no Chile

O Vale das Lágrimas, local onde ocorreu o acidente com uma aeronave transportando 45 pessoas, ainda atrai turistas do mundo todo. O desastre aconteceu há 51 anos e os sobreviventes permaneceram no local por semanas, em uma história que continua a cativar aventureiros.

Em repetidas expedições ao longo dos anos, amigos, familiares e turistas conseguiram recuperar alguns pertences dos passageiros. No entanto, muitos itens ainda permanecem enterrados no Vale, incluindo peças da aeronave.

Aqueles que tentaram percorrer os mesmos 38 quilômetros que Roberto Canessa e Nando Parrado concordam em um ponto: a sobrevivência exigiu um esforço extraordinário. Além de superar o frio e a fome, Canessa e Parrado tiveram que lidar com a decisão de comer a carne dos mortos para evitar a inanição.

Essas circunstâncias desafiadoras, aliadas às condições extremas dos Andes, resultaram na permanência de vários objetos pessoais dos passageiros e partes da aeronave no local, transformando o Vale das Lágrimas em um verdadeiro santuário para as vítimas.

Os itens que foram recuperados por forças militares ou em expedições posteriores foram destinados ao Museu dos Andes, no Uruguai. Em uma das visitas ao Vale, o guia mexicano Ricardo Peña encontrou o blazer de Eduardo Strauch, um dos sobreviventes, e descobriu uma bolsa enterrada na neve contendo US$ 100 e um passaporte.

A maior parte da fuselagem da aeronave, usada como abrigo pelos sobreviventes durante 72 dias, permanece enterrada no gelo. Até mesmo o trem de pouso do avião com duas rodas foi encontrado no local, assim como parte dos assentos, um apoio de braço e algumas peças de roupa dos sobreviventes.

Mesmo após mais de cinco décadas desde o acidente, o Vale das Lágrimas ainda atrai aventureiros em busca de objetos remanescentes do avião e relíquias que contam a história da impressionante sobrevivência dos passageiros da aeronave. O local continua a exercer um fascínio irresistível, mantendo viva a memória da tragédia que aconteceu nos Andes chilenos.

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