Colômbia em estado de alerta devido a 340 incêndios florestais provocados por temperaturas extremas ligadas ao El Niño.

Os incêndios florestais relacionados ao fenômeno El Niño têm devastado a Colômbia desde novembro de 2023, consumindo um total de 17.192 hectares do território. Mais de 340 incêndios foram registrados, agravados pela seca decorrente do aumento das temperaturas, de acordo com a Unidade Nacional para a Gestão do Risco de Desastres (UNGRD).

Com várias regiões impactadas, o país tem enfrentado uma batalha contra os focos ativos que ameaçam ecossistemas montanhosos e zonas residenciais. Em especial, as autoridades recomendam que os cidadãos evitem sair às ruas na capital, Bogotá, devido à má qualidade do ar resultante dos incêndios.

Até a presente sexta-feira, a UNGRD relatou a existência de 34 incêndios ativos em todo o país, apesar de um dos focos em Bogotá já estar 95% controlado, segundo o prefeito Carlos Fernando Galán.

A gravidade da situação levou o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, a decretar situação de “desastre natural”, alocando recursos econômicos para enfrentar a emergência e solicitando ajuda internacional. Apesar do chamado de Petro, os esforços dos países que responderam, incluindo Estados Unidos, Peru, Chile e Canadá, ainda não alcançaram a Colômbia.

O impacto dos incêndios tem sido sentido também no setor de transporte, com o aeroporto internacional El Dorado em Bogotá enfrentando restrições operacionais que afetaram 138 voos.

Ghisliane Echeverry, diretora do Instituto de Hidrologia, Meteorologia e Estudos Ambientais (Ideam), alertou que este mês poderá ser o janeiro mais quente em 30 anos, com a possibilidade de temperaturas ainda mais elevadas em fevereiro. Somente em março as chuvas possivelmente amenizarão as consequências do calor extremo.

Enquanto as autoridades combatem os incêndios, a polícia investiga se incendiários são responsáveis por algumas das emergências, tendo capturado 26 pessoas por crimes relacionados a incêndios.

Com a gravidade da situação, a Colômbia e sua população esperam que as medidas adotadas consigam controlar e minimizar os danos dos incêndios que vêm assolando o país. A atenção internacional e os esforços conjuntos das autoridades locais demonstram a seriedade do problema e a necessidade de intervenções imediatas. A comunidade global deverá estar preparada para prestar assistência e apoio à Colômbia durante este período difícil.

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