Projeto de Lei propõe criar Cadastro Nacional de Monitoramento de Facções Criminosas para fortalecer políticas de segurança pública.

No dia 15 de fevereiro de 2024, o deputado Gervásio Maia, do PSB-PB, apresentou o Projeto de Lei 6149/23, que propõe a criação do Cadastro Nacional de Monitoramento de Facções Criminosas. Essa base de dados reunirá informações como nome do grupo criminoso, crimes praticados, área de atuação, além de dados cadastrais e biométricos dos integrantes.

Além dessas informações, o texto do projeto também inclui a possibilidade de incluir documentos pessoais, registros criminais, mandados judiciais, endereços, registros de pessoas jurídicas e bens, bem como extratos e demais transações bancárias. O objetivo é centralizar todas essas informações de forma sigilosa, para dar suporte às políticas de segurança pública.

O deputado Gervásio Maia baseia sua proposta em dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública de 2022, que identificou a existência de 53 facções criminosas no Brasil. Segundo ele, esses grupos se diferenciam de meras quadrilhas, sendo extremamente organizados e hierarquizados, atuando com tráfico de drogas e outros crimes relacionados.

A ideia é que o cadastro seja abastecido de forma contínua com informações sobre as facções e seus membros, para dar suporte efetivo às políticas de segurança pública. No entanto, vale destacar que a proposta ainda está em análise pela Câmara dos Deputados e precisará passar pelas comissões de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, de Finanças e Tributação, e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Caso aprovada nessas comissões, a proposta seguirá em caráter conclusivo, ou seja, será votada apenas pelas comissões designadas para analisá-la, dispensando a deliberação do Plenário. O projeto só perderá o caráter conclusivo se houver decisão divergente entre as comissões ou se, independentemente de ser aprovado ou rejeitado, houver recurso assinado por 52 deputados para a apreciação da matéria no Plenário.

Com a proposta em fase inicial de tramitação, a expectativa é que haja debates e análises mais aprofundadas sobre a viabilidade e os impactos do Cadastro Nacional de Monitoramento de Facções Criminosas. Murilo Souza assina a reportagem, com edição de Rachel Librelon.

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