Navalny, aos 47 anos, era reconhecido como o líder da oposição mais proeminente da Rússia. Ele ganhou destaque ao satirizar a elite em torno do presidente Vladimir Putin e ao levantar acusações de corrupção em grande escala.
Segundo o Serviço Penitenciário Federal do Distrito Autônomo de Yamalo-Nenets, Navalny “se sentiu mal” após uma caminhada na colônia penal IK-3 em Kharp, a quase 2 mil quilômetros a nordeste de Moscou, e perdeu a consciência quase imediatamente. A equipe médica da instituição e uma equipe de ambulância tentaram reanimá-lo, porém sem sucesso, e Navalny foi declarado morto.
As circunstâncias da morte estão sendo investigadas, e o presidente russo, Vladimir Putin, foi informado sobre o ocorrido, de acordo com o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
Opositor de Putin, Navalny também ganhou reconhecimento ao retornar voluntariamente à Rússia em 2021, após receber tratamento na Alemanha por um suposto envenenamento com um agente nervoso. Navalny afirmou ter sido envenenado na Sibéria em agosto de 2020, embora o Kremlin tenha negado qualquer envolvimento e afirmado não haver evidências do envenenamento.
A morte de Alexei Navalny gerou repercussão tanto na Rússia quanto internacionalmente, com líderes políticos e ativistas lamentando o ocorrido e pedindo por investigações transparentes. A história de Navalny, sua luta contra a corrupção e a repressão política, bem como a suspeita de envenenamento, tornaram-no uma figura de destaque no cenário político russo e um símbolo de resistência à gestão de Vladimir Putin. Sua morte marca o fim de uma era na política russa e suscita questionamentos sobre o futuro da oposição no país.
