A imagem obtida da luz polarizada revela uma estrutura semelhante à observada no buraco negro supermassivo localizado no centro da galáxia M87, o primeiro a ter uma imagem capturada. A bolsista de pós-doutorado no Centro de Astrofísica Harvard & Smithsonian, Sara Issaoun, que lidera o projeto, afirmou que os campos magnéticos fortes e em espiral próximos ao buraco negro são fundamentais para entender as interações com o gás e a matéria ao redor dele.
Sagitário A* possui uma estrutura de polarização semelhante à observada no buraco negro M87, o que indica a importância dos campos magnéticos na forma como os buracos negros se comportam. A luz polarizada revela peculiaridades da radiação luminosa, permitindo compreender melhor esse fenômeno no Universo.
Os buracos negros supermassivos, que ficam no centro das galáxias e têm massa entre um milhão e bilhões de vezes a do Sol, representam um mistério em relação à sua formação. Com a captura das imagens de M87* em 2019 e Sagitário A* em 2022, o EHT conseguiu observar o halo de luz formado pelos fluxos de matéria e gás que os buracos negros captam.
Ao estudar a luz polarizada proveniente do gás próximo aos buracos negros, os cientistas puderam deduzir a estrutura e a força dos campos magnéticos que influenciam o comportamento desses corpos celestes. A descoberta desses campos magnéticos fortes se mostra como uma característica importante e possivelmente universal nos buracos negros.
Com essas novas informações, o estudo dos buracos negros supermassivos avança, permitindo aos cientistas compreender melhor esses objetos cósmicos e suas interações com o ambiente ao seu redor. Essa descoberta representa mais um passo importante na compreensão do Universo e de sua complexidade.