Governo entrega PLP 68/24 à Câmara para regulamentar reforma tributária, com foco no IBS, CBS e Imposto Seletivo.

Na última quinta-feira, dia 25 de abril de 2024, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, entregou à Câmara dos Deputados o Projeto de Lei Complementar (PLP) 68/24, que visa regulamentar a reforma tributária estabelecida pela Emenda Constitucional 132, aprovada no ano anterior. Conhecido como Lei Geral do IBS, da CBS e do Imposto Seletivo, o projeto é composto por 499 artigos que propõem a substituição de tributos como PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS por novos impostos sobre o consumo.

Os novos tributos propostos são o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), de competência compartilhada entre estados e municípios, a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), de competência federal, e o Imposto Seletivo (IS), também federal. O PLP 68/24 estabelece regras sobre a incidência, base de cálculo, creditamento, e define produtos que terão alíquotas reduzidas ou isentas, como os alimentos da cesta básica.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, anunciou que o projeto do governo será analisado por grupos de trabalho na Casa, a fim de facilitar a obtenção de consensos. Além disso, a proposta do governo irá se juntar a outras 18 propostas apresentadas pelos deputados sobre o assunto.

O PLP 68/24 também aborda a definição das alíquotas de referência do IBS e da CBS, que serão fixadas pelo Senado após proposta do governo e do Comitê Gestor do IBS. O texto estima as alíquotas em 26,5%, sendo 17,7% do IBS e 8,8% da CBS, para mercadorias e serviços não beneficiados com tratamento diferenciado.

Outros pontos tratados no projeto incluem o fato gerador dos tributos, a devolução de tributos pagos em matérias-primas e compras internacionais. A proposta prevê o recolhimento de IBS e CBS sobre compras internacionais, com base de cálculo no valor aduaneiro acrescido de impostos e taxas.

Em resumo, o PLP 68/24 traz uma série de mudanças significativas no sistema tributário brasileiro, buscando simplificar e modernizar a tributação sobre o consumo, com a implementação de novos impostos e regras de cálculo. A proposta agora será analisada minuciosamente pela Câmara dos Deputados e pelos órgãos competentes, em busca de um consenso que beneficie a sociedade como um todo.

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