A identificação dos sintomas é essencial para um diagnóstico preciso, especialmente porque alguns sintomas da dengue são semelhantes aos da gripe. O infectologista do Instituto Emílio Ribas, em São Paulo, Leonardo Weissmann, destacou que a gripe pode provocar sintomas respiratórios, como tosse, coriza, congestão nasal e dor de garganta, diferentemente da dengue. Além disso, a dengue é marcada por febre alta súbita, dores musculares e articulares intensas, conhecidas como “febre quebra-ossos”, e erupções cutâneas que podem causar coceira.
O Ministério da Saúde orienta que qualquer pessoa que apresente febre alta e dois ou mais dos sintomas das duas doenças deve buscar atendimento médico para receber o devido diagnóstico e tratamento. No caso da dengue, após o sétimo dia da doença, surgem os chamados sinais de alarme, como dores abdominais, acúmulo de líquidos e irritabilidade, que indicam a fase crítica da doença.
O tratamento das doenças foca em repouso, hidratação intensa e uso de remédios para aliviar os sintomas. Porém, no caso da dengue, é importante evitar o uso de medicamentos que podem aumentar o risco da forma grave da doença, a dengue hemorrágica, como alguns anti-inflamatórios não esteroides e corticoides. Nestes casos, a orientação é utilizar dipirona e paracetamol, considerados mais seguros.
É importante ressaltar que a dengue é causada pela picada do mosquito Aedes aegypti, enquanto a gripe é uma infecção respiratória causada pelo vírus Influenza. Dessa forma, prevenção, identificação precoce e tratamento adequado são essenciais para enfrentar a situação atual e evitar complicações.